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Você é capaz de acrescentar novos capítulos à sua história?

Outubro começou, e o 1º/10 foi o dia mundial do idoso. Uma matéria no NY Times conta a história de Betsy Lerner, uma agente literária de 64 anos, que adicionou “novelista” ao seu currículo com o lançamento de seu primeiro romance, Shred Sisters

Lerner, que passou décadas na indústria editorial, nunca imaginou escrever ficção até que, durante a pandemia, começou a explorar sua relação com as irmãs, o que desbloqueou um novo lado criativo. 

O livro é narrado por Amy, uma jovem que vive na sombra de sua irmã mais velha, Ollie, que enfrenta problemas de saúde mental. Embora seja uma obra de ficção, há paralelos com a vida de Lerner, que gerencia sua própria bipolaridade há décadas. 

Além do romance, Lerner também ganhou notoriedade no TikTok ao compartilhar trechos dos diários de sua juventude, ressoando com uma audiência mais jovem. Segundo o NY Times, escrever Shred Sisters permitiu a ela preservar memórias e emoções, e seu objetivo principal é tocar os leitores com risos e lágrimas.

Lembrar de um dia internacional do idoso pode parecer reflexivo. É uma data comemorativa? Necessária? A história de Betsy mostra que sim. Há que se comemorar estar em uma idade, seja ela qual for, que nos permita recontar a nossa própria história de vida, ou como no caso dela, acrescentar. “Foi como uma sombra que surgiu”, disse Lerner ao NY Times, “como se algum portal se abrisse. Eu não sabia que tinha imaginação.”

Lembrar de um dia internacional do idoso é mais do que uma celebração simbólica; é uma oportunidade de reconhecer a experiência, resiliência e capacidade de reinvenção que o envelhecimento traz. A história de Betsy Lerner exemplifica isso. Chegar aos 64 anos e descobrir um novo lado criativo, mesmo após décadas de uma carreira sólida, é uma prova de que a vida continua a nos surpreender, oferecendo novos caminhos e realizações. O “portal” que Lerner descreve, aberto durante a pandemia, nos lembra que o tempo não limita a criatividade ou as descobertas internas, mas pode ser um catalisador para transformações profundas.

A narrativa de Betsy se entrelaça com um tema maior: o envelhecimento não deve ser visto como um declínio, mas como uma fase de novas possibilidades. Como ela, muitos idosos continuam a acrescentar capítulos à sua história, explorando paixões, habilidades e ideias que, talvez, nunca soubessem que tinham. 

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