A empatia emocional pode ser desenvolvida. Essa é a conclusão do estudo que Helen Riess, diretora do Programa de Empatia e Ciência Relacional no Hospital Geral de Massachusetts, conduziu com médicos. Para ajudar esses profissionais a se monitorarem, Riess criou um programa no qual eles aprenderam a focar, usando respiração profunda e diafragmática, e a cultivar certo distanciamento – para observar uma interação de fora, tal como ela era, em vez de se perderem nos próprios pensamentos e sentimentos.
“Suspender seu envolvimento para observar o que está acontecendo lhe dá uma consciência atenta da interação sem ser completamente reativo”, diz Riess. “Você pode perceber se sua fisiologia está em equilíbrio ou sobrecarregada. Consegue notar o que está se revelando na situação.” Se uma médica percebe que está se sentindo irritada, por exemplo, isso pode ser um sinal de que o paciente também está aborrecido.
Segundo Riess, aqueles que estão completamente desconectados do outro podem começar a desenvolver a empatia emocional basicamente fingindo até que a sintam de fato. Se você age de forma interessada, mostrando se importar – olhando as pessoas nos olhos e prestando atenção em suas expressões, mesmo quando lhe falta motivação para fazer isso –, vai começar a se sentir mais conectado.
Mas o que é empatia emocional?
Helen Riess é uma psiquiatra e pesquisadora que tem se dedicado ao estudo da empatia na prática clínica. Para ela, a empatia emocional é a capacidade de sintonizar com os sentimentos ou preocupações de outra pessoa, permitindo compreender e até mesmo sentir na própria pele os estados de ânimo dos outros. A empatia emocional seria uma reação imediata e inconsciente, que não passa pela razão e pelo intelecto, e que leva a uma pessoa a participar afetivamente na situação de outra. Riess também enfatiza que a empatia não é sinônimo de compaixão ou simpatia.
Ainda segundo Riess, a empatia emocional pode ser desenvolvida, trata-se de uma habilidade que pode ser aprendida e aprimorada. Os pais tem grande importância quando validam os sentimentos de seus filhos como uma forma de ensinar empatia desde a infância. O acesso à empatia emocional depende da combinação de dois tipos de atenção: foco concentrado em nossas próprias ideias e a capacidade de se sintonizar com os sentimentos dos outros. Devemos enfatizar também que a empatia emocional tem um efeito positivo nas relações interpessoais, na qualidade da comunicação e no bem-estar geral das pessoas
Como a empatia emocional pode ser aplicada em ambientes profissionais
A empatia emocional pode ser aplicada em ambientes profissionais de diversas maneiras, tais como:
- Desenvolvimento do autoconhecimento: O autoconhecimento é uma habilidade importante para o desenvolvimento da empatia emocional. Ao conhecer suas próprias emoções, é possível entender melhor as emoções dos outros e se colocar no lugar deles.
- Gestão emocional: A gestão emocional é outra habilidade importante para a aplicação da empatia emocional no ambiente profissional. É preciso saber lidar com as próprias emoções e com as emoções dos outros de forma adequada, para que seja possível estabelecer uma relação empática.
- Tratar todos com gentileza: A empatia no ambiente de trabalho é responsável por formar laços de confiança e colaboração entre os profissionais. Tratar os outros com gentileza é uma forma de demonstrar empatia e criar um ambiente de trabalho mais harmonioso.
- Entender as motivações dos colegas: É importante que os profissionais entendam as motivações dos seus colegas de trabalho, e como elas interferem na cultura organizacional da empresa. Isso pode ajudar a criar um ambiente de trabalho mais colaborativo e empático.
- Fortalecer habilidades: A empatia profissional faz parte das principais habilidades que os líderes esperam de seus liderados, pois fortalece a inteligência emocional das equipes, e garante ambientes de trabalho menos desiguais e frustrantes.