Eu atendo pessoas e não sintomas. A clínica psi é um espaço de reflexão de si mesmo. É um processo de autoconhecimento, tanto para aceitação de si como para promover mudanças. Podemos chamar de cuidado de si.

No entanto, é preciso dar um passo e encarar a psicoterapia. Além de psicóloga, fui professora e pesquisadora. É longo meu percurso na clínica psicológica, desde a década de 1980. Hoje posso dizer que é mais importante o que você sente do que o que você tem. A terapia pela palavra é focada no encontro da pessoa consigo mesma/a e não em um diagnóstico.

A terapia pela palavra promove a possibilidade de encontrar novas formas de expressão e de ação no cotidiano. Da relação terapeuta-paciente – que prefiro chamar de relação entre sujeito da clínica e psicóloga – não seria justo prometer uma fórmula mágica, pois cada indivíduo constrói seu percurso, dentro de sua disponibilidade e suas condições.

Mas esse encontro no setting terapêutico é uma abertura ao autoconhecimento e possibilita ao sujeito da clínica ressignificar comportamentos e sentimentos. Atendo também assuntos pontuais. A consulta psicológica é útil na tomada de decisão, por exemplo, para mudanças na carreira, de cidade ou país, na aposentadoria, entre outras.

Eu dispenso uma atenção especial para o fenômeno em franca expansão, que é o sofrimento no trabalho, que leva as pessoas a desenvolverem síndrome de burnout, descrita na CID-11 – QD85, como “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”.  

O meu percurso profissional é marcado pela experiência de vida em diversas cidades. Fui de São Paulo para o Rio de Janeiro, onde exerci a profissão por mais de 15 anos. Ao final do século, mudei para Florianópolis, continuando na clínica. 

Nestes últimos 20 anos, percorri uma carreira acadêmica e passei um ano em Bordeaux, na França, e cinco anos em Chapecó, SC. Sou paulistana-carioca e da ilha, com uma pitada bordelaise e outra d’oeste de SC. Atualmente eu moro em São Paulo.